19 de set. de 2009

Existe um ser vivo imortal em nosso planeta!


A maioria dos seres vivos estão condenados a morrer de uma ou outra forma. Mas existe um animal neste planeta que é imortal, ele não pode morrer de velho. E isto não significa que não envelheça, é algo bem mais estranho e fascinante: quando ele chega a um determinada idade, rejuvenesce.

Trata-se de uma espécie de medusa chamada Turritopsis Nutricula, à que passo a chamar de Turrito por questões práticas. Turrito é um hidrozoário, ou seja, um animalzinho marinho de alguns poucos milímetros e quase transparente. É o único ser vivo que os cientistas consideram que conseguiu enganar à morte.

Os Turritos, quando atingem sua maturidade sexual, revertem completamente seu estado para uma nova puberdade. É como se pela manhã você acordasse como um bebê. Voltam quase ao zero. Não somente suas características sexuais mudam, senão que, por exemplo, perdem os quase 100 tentáculos e passam a ter uns poucos pares renovados.

De uma forma similar em que uma serpente perde sua pele sem deixar de ser ela mesma, estes Turritos se renovam completamente. Em outras palavras: cresce um novo corpo no interior dele mesmo, mas são sempre o mesmo indivíduo.

É o único caso conhecido de um animal metazoário capaz de reverter completamente a um estágio de imaturidade sexual, o estágio de colônia após ter alcançado a maturidade sexual é um estágio solitário. Ele realiza isto através de um processo celular de transdiferenciação. Teoricamente, este ciclo pode-se repetir indefinidamente, configurando-se em efetiva imortalidade.

Deixando de lado as questões técnicas da natureza, o assombroso é a “inventiva” da mesma, a enorme variedade, as tentativas incansáveis da vida por subsistir na contramão de toda a entropia do Universo.

Turrito não é a única fonte natural de estudos para atingir a imortalidade (ou o mais parecido a ela): no reino vegetal as sementes podem permanecer em suspensão animada durante séculos para depois reviver do nada, uma espécie de álamos que compartilham as raízes e o DNA que podem viver ao menos 80 mil anos.