O Livro de Abramelin é dividido em três livros menores. O primeiro é a autobiografia de Abraham, o Judeu. Ele descreve os anos a procurar a Verdadeira e Sagrada Sabedoria, e as várias decepções dele no caminho. Nos últimos momentos antes de deixar a questão, Abraham se encontra com um perito egípcio chamado Abramelin que concorda em ensinar a ele a Magia Sagrada.
Abraham escreveu este texto por causa do seu filho mais jovem, Lamech. De acordo com a história, Abraham tinha que - na tradição de Judaísmo - conceder os mistérios da Qabalah ao filho mais velho. Porém, ele não desejou deixar Lamech sem a chave para a obtenção espiritual, e assim Abraham deixou para ele o Livro de Abramelin. Este primeiro livro termina com o pai instruindo o filho em que tipo de vida ele deve conduzir se completar a Operação, e como a Verdadeira e Sagrada magia deve ser empregada corretamente.
O próximo livro, então, é composto pelas instruções para a Magia Sagrada que Abraham reivindica ter copiado à mão do original de Abramelin. A primeira parte (Livro Dois da trilogia) descreve um procedimento fortemente envolvido de purificação e prece, que resulta no aparecimento do Anjo da Guarda do indivíduo. Abraham também gasta algum tempo no Livro Dois em que explica sua própria filosofia sobre magia. É onde o texto adverte contra usar qualquer outro grimório, sigilos ou nomes bárbaros de prece.
Num capítulo (Livro II, Cap. 6), ele relaciona uma alternativa maravilhosa para as horas Mágicas Salomônicas em detalhes. As purificações levam o padrão grimoriano na forma de reclusão, jejum, limpeza, e uma dose forte de oração. Um quarto separado, chamado Oratório, deve ser mantido em pureza extrema durante um período de seis meses, que é onde o Anjo aparecerá e se unirá com o aspirante no final deste período. Posteriormente, o Anjo assume a função de Professor para o aspirante, e é deste ser que a Verdadeira e Sagrada Sabedoria e Magia é descoberta.
Uma vez que a cooperação do Anjo está assegurada, a pessoa continua chamando os príncipes demoníacos como Lúcifer, Leviatã, Astaroth, Belzebud, e vários outros (doze no total). Estes seres são comandados a deixar um juramento de obediência ao magista, como também o uso de quatro espíritos familiares para tarefas práticas cotidianas.
O terço final do livro é uma coleção de Talismãs formados por quadrados-mágicos no qual os príncipes demoníacos e espíritos têm que jurar ao dar suas Obrigações. Cada talismã pode ser usado para comandar um espírito a executar uma tarefa então, em muito semelhante ao que é feito nas Clavículas de Salomão, o Rei. As funções desses Talismãs são comuns ao material dos grimórios - achando tesouros, causando visões, trazendo livros, vôo, curando o doente, etc.
Os quadrados-mágicos dados por este texto são freqüentemente confundidos como Selos no estilo da Goetia, onde a mera presença do Talismã é igual à presença dos espíritos. Isto levou a histórias de lendas-urbanas dos "perigos" existentes na posse dos Talismãs - ou pela simples posse do livro em si. Porém, não há nada de assinaturas ou Selos nestes Talismãs. Só raramente é que as letras dos quadrados de Abramelin formam nomes reconhecíveis, e então eles nunca são os nomes dos espíritos que são realmente associados com o talismã.
Eles só assemelham-se ao Goetia uma vez que os espíritos são ligados aos quadrados - mas isto só acontece depois do sexto mês de operação. Em si mesmos, os Talismãs parecem bastante inertes e inofensivos.