13 de ago. de 2009

Métis

Métis era a deusa grega da prudência, filha de Tétis e Oceanus. Foi a primeira esposa de Zeus, que forneceu-lhe a bebida que fez Cronos regurgitar todos os filhos que havia engolido.

Atena era filha de Zeus e de sua primeira mulher, Métis, a deusa da Prudência.
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Segundo a tradição, quando Métis estava grávida, Zeus a engoliu, por temer que seu filho viesse a destroná-lo, como um dia ele próprio fizera com o seu pai, Cronos.
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Segundo outra versão do mito, Zeus cobiçava os conhecimentos de Métis, cujo nome significa "conselho". O amoroso Zeus perseguiu a reticente Métis, a qual pretendia conservar sua virgindade. Quando esta se disfarçou de mosca, o deus a devorou. Conseqüentemente, Métis deu a luz a Atena no centro da inteligência de Zeus: a sua cabeça.
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Mais tarde, já numa passagem para a qual ambas as lendas convergem, Zeus, atormentado por uma dor de cabeça, pediu a Hefesto, um filho seu, que lhe abrisse o crânio com uma machadada. De sua cabeça saiu Atena, já adulta, armada e coberta com o elmo do Saber.

Atena era a deusa das cidades gregas, da indústria, da sabedoria e das artes, conhecida como Minerva pelos romanos. Era uma deusa virgem, dedicada a castidade e celibato. Era majestosa e uma linda deusa guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas. Única deusa retratada usando couraça, com pala de seu capacete voltada para trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na mão.

Era também deusa da guerra. Desfrutava da valentia, da coragem e da ousadia no campo de batalha, mas não tinha tempo para matanças sem sentido, como o deus da guerra Ares. Para Hefesto, o deus ferreiro, adorado em Atenas, a deusa representava uma rival atraente e, em várias ocasiões, tentou torná-la sua amante.

Dizia-se que inventara a flauta, mas desprezara femininamente o instrumento ao ver como seu rosto ficava desfigurado quando ela enchia de ar as faces, para soprar...

Atena era a filha predileta de Zeus, que lhe concedeu muitas das suas prerrogativas. Ela tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com um simples sinal de cabeça era irrevogável.
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Contradizendo com seu papel como uma deusa que presidia às estratégias da batalha na época de guerra e às artes domésticas em tempo de paz, Atena era também apresentada com uma lança em uma das mãos e uma tigela ou roca na outra.
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Certa vez, em meio de uma intensa batalha entre ambos, o sêmem de Hefesto caiu ao solo, onde se converteu no rei serpente Eructam. Talvez porque foi o mais próximo que esteve de ter um filho que Atena se interessou pelo bem-estar da criança. Confiou-o às filhas de Cécrope, um rei primitivo que, pelo que se dizia, tinha sido uma serpente, pedindo às mesmas que não olhassem para o interior da canastra onde se encontrava Eructam. Mas a curiosidade foi mais forte e as princesas enlouqueceram ao ver a criança-serpente. A deusa, então, levou Eructam ao seu tempo da Acrópolis e o criou até que o nomearam rei dos atenienses. Agradecido, Eructam fomentou o culto a Atena como deusa da cidade.
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Atena foi forte defensora dos gregos na Guerra de Tróia. Depois da queda de Tróia, entretanto, os gregos não conseguiram respeitar a santidade de um templo de Atena em que a profetisa Cassandra procurou abrigo. Como castigo, tempestades enviadas pelo deus do mar, Possêidon, a pedido de Atena, destruiu a maioria dos navios gregos que retornavam de Tróia.
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Atena era também uma patrona das artes agrícolas e do artesanato feminino, especialmente a arte de tecer e fiar. Entre seus presentes ao homem estavam a invenção do arado, a arte de domesticar animais, construção de navios e a confecção de sapatos. Ela freqüentemente era associada com pássaros, especialmente a coruja, ave a que os gregos relacionavam força e sabedoria.
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Quando Atena era retratada com outro indivíduo, esse sempre era do sexo masculino. Por exemplo, era vista perto de Zeus na atitude de um guerreiro de sentinela para seu rei. Ou era reconhecida atrás ou ao lado de Aquiles ou de Odisseu, os principais heróis gregos de Ilíada e da Odisséia.
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Na cidade de Atenas que seu culto foi perpetuamente honrado: tinha seus altares, as suas mais belas estátuas, as suas festas solenes e um templo de notável arquitetura, o Partenon. Esse templo foi reconstruído no período de Péricles.