11 de ago. de 2009

Atlas

Atlas (em grego, Άτλας) - também chamado Atlante - foi um dos titãs gregos, condenado por Zeus a suster o céu para sempre. Atlas foi o primeiro rei da mítica Atlântida. Era casado com Pleione e com quem teve sete filhas, as chamadas de Plêiades.

Origens


Atlas era filho do titã Jápeto e da oceânide Clímene, irmão de Prometeu, Epimeteu e Menécio. Pertencia à geração divina dos seres desproporcionados, violentos, monstruosos - encarnação das forças selvagens da natureza nascente, dos cataclismos iniciais, com que a terra se arrumava para poder receber, num regaço mais acalmado, a vida e a sua cúpula consciente: os humanos. Atlas, com outros titãs, forças do caos e da desordem, pretenderam alcançar o poder supremo, pelo que atacaram o Olimpo e combateram ferozmente Zeus e aliados: as energias do espírito, da ordem, do Cosmos. (Ou, noutra versão, aliou-se aos demais titãs para resistir à revolta liderada por Zeus). Zeus, triunfante, castigou seus inimigos - escravos da matéria e dos sentidos, inimigos da espiritualização harmonizadora - lançando-os no Tártaro, a região mais profunda do Hades, para que de lá nunca fugissem. Reservou para Atlas, porém, uma pena especial: pô-lo a sustentar, nos ombros e para sempre, o céu. Atlas, assim punido, passou a morar no país das Hespérides (as três ninfas do Poente: Eagle, Eritia, Hesperatetusa).

O castigo eterno

Geralmente, Atlas é retratado sustentando um globo sobre os ombros. Esse fardo foi temporariamente aliviado por Héracles (Hércules) durante um de seus 12 trabalhos, mas Atlas foi enganado e voltou a carregar os céus sobre os ombros. Consistiu este episódio no seguinte: tinha Hércules de apanhar algumas maçãs de ouro que nasciam no jardim das Hespérides (11º trabalho). Alertado por outro titã (Prometeu) de que apenas Atlas poderia fazê-lo impunemente, propôs a este que o fizesse, enquanto sustentava a abóboda celeste. Aliviado do grande peso, Atlas retorna, dizendo que ele mesmo faria a entrega das maçãs a Euristeu. Percebendo o engodo, Hércules finge aquiescer e, pretextando colocar antes um anteparo sobre seus ombros, pede ao titã que sustente os céus por um momento - ao fazer isto, o herói parte, levando as maçãs, deixando a Atlas o seu eterno suplício. Segundo uma das versões existentes, Atlas foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida (o Estreito de Gibraltar). Seu nome passou a significar "portador" ou "sofredor". Outra versão conta que Perseu o petrificou mostrando lhe a cabeça que havia arrancado da Medusa, transformando o titã Atlas no que hoje é o Monte Atlas.