Iah ou Aah era o deus da lua na mitologia egípcia.
As primeiras presenças do nome "Iah" referem-se à lua enquanto satélite do planeta terra. Mais tarde, a palavra passaria a designar uma divindade.
A nível iconográfico este deus era representado, na sua forma antropomórfica, com um disco solar e crescente da lua nova sobre a sua cabeça, onde também tinha uma trança lateral característica das crianças egípcias. Por vezes tinha na mão uma folha de palmeira ou um olho de Hórus. Poderia também se manifestar como um íbis, falcão ou como o crescente da lua nova. Este últimos atributos estavam também associados a Tot e a Khonsu.
O deus não tinha nenhuma cidade associada ao seu culto. Alcançou grande popularidade na época que se seguiu ao Império Médio, ou seja, na época de dominação do Egipto pelos Hicsos, um povo oriundo da Palestina. É possível que Iah seja o corresponde ao deus acádico Sin, que também era um deus lunar. O nome Iah surge na fórmula CX do Livro dos Mortos.
Curiosamente, vários membros da família real tebana, responsável pela expulsão dos Hicsos do Egipto, levaram este nome como Iah-hotep I ("Iah está satisfeito"), mãe de Iahmés ("Iah nasceu"), fundador da XVIII dinastia egípcia. A esposa deste rei, Iahmés-Nefertari ("Nascida da lua, a mais bela das mulheres"), também integrava a divindade no seu nome.
O culto a Iah parece ter decaído com o Império Novo. No túmulo do faraó Tutmés III encontra-se representada uma cena na qual o faraó encontra-se acompanhado pela sua mãe e por três rainhas, incluindo Sit-Iah, "filha do deus lua".