É pai de Deucalião. Segundo uma outra tradição minoritária, Prometeu nasceu da união de Hera e de seu amante, o gigante Eurimedon.
Foi o titã que criou os homens, com seu irmão Epimeteu, e que também roubou o fogo dos deuses para presentear às suas criações.
Hefesto acorrentando Prometeu (1623) em tela de Dirck van Baburen
História
A Prometeu e seu irmão Epimeteu foi dada a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la depois de pronta, assim Epimeteu atribuiu a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, que deveria ser superior a todos os animais, Epimeteu gastara todos os recursos, assim, recorre a seu irmão Prometeu que roubou o fogo que assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto acorrentá-lo ao cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) ia dilacerar o seu fígado que, por ser Prometeu imortal, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.
A história foi teatralizada pela primeira vez por Ésquilo no século V a.C. com o título de Prometeus desmotes (Prometeu Agrilhoado/Acorrentado).
Prometeu leva o fogo à humanidade, tela de Heinrich Friedrich Füger de 1817
Simbolismo
Prometeu representa a vontade humana por conhecimento, sua captura do fogo é a audácia humana pela busca de conhecimento e de compartilhá-lo.Literatura
O poeta romântico alemão Goethe escreveu um pequeno poema de 8 estrofes sobre a lenda de Prometeu intitulado de Prometheus (1774):"Encobre o teu Céu ó Zeuscom nebuloso véu e,semelhante ao jovem que gostade recolher cardosretira-te para os altos do carvalho eretoMas deixa que eu desfrute a Terra,que é minha, tanto quanto esta cabanaque habito e que não é obra tuae também minha lareira que,quando arde, sua labareda me doura.Tu me invejas!(...)
Eu honrar a ti? Por quê?Livraste a carga do abatido?Enxugaste por acaso a lágrima do triste?(...)
Por acaso imaginaste, num delírio,que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermopor alguns dos meus sonhos se haveremfrustrado?Pois não: aqui me tense homens farei segundo minha própria imagem:homens que logo serão meus iguaisque irão padecer e chorar, gozar e sofrere, mesmo que forem parias,não se renderão a ti como eu fiz"
Goethe descreve um homem extraordinário, que se nega a venerar deuses ou estar sob submissão de alguém. A partir de então Prometeu ficou conhecido como uma importante figura no Romantismo. Pela negação à submissão divina, e por criar um personagem pronto para viver em liberdade sem nenhuma repressão, Goethe criou uma figura compatível com a ideologia de Karl Marx, que passou a considerar Prometeu como seu herói favorito. Além dos românticos, Prometeu também era um homem modelo de Marx.