4 de jul. de 2009

pé-de-anjo

Em Teresina. Coisa sempre de pelo quebrar da barra do dia no levante. Sempre aparecia bem cedinho, ainda um pouco turvo.
Muitos que se encontraram com ele ao lado de um jumento escangalhado e duas malas assim ao chão.

Aí pedia à pessoa que lhe ajudasse a colocar as malas no jegue.

Uma das ditas malas, maneira que nem pena; a outra, pesada que nem chumbo.


Se a pessoa lhe perguntasse o que continham aquelas malas, ele respondia: nesta aqui é pé-de-anjo; nesta
Negritooutra, o puro suco da uva roxa.

Ai, repentina e misteriosamente, desaparecia com jumento, malas e tudo.