4 de jul. de 2009

Romãozinho

Romãozinho é uma criatura do folclore brasileiro. Ele é um menino, filho de um agricultor e já nasceu mau e pérfido. Ele sempre gostou de maltratar os animais e destruir as plantas.

Uma vez, sua mãe mandou-o levar o almoço ao pai, que trabalhava na roça. Ele foi de má-vontade. No meio do caminho, ele comeu a galinha, colocou seus ossos na marmita e levou-a ao pai. Quando o pai viu os ossos em vez da comida, ele perguntou o que aquilo significava. Romãozinho, perfidamente, disse:

- Deram a mim isso... Eu penso que minha mãe comeu a galinha com o homem que vai a nossa casa quando você não está lá, e enviou-lhe somente os ossos.

Enlouquecido de raiva, o pai voltou logo para casa, puxou do punhal e matou a esposa. Antes de morrer, a mãe amaldiçoou o filho que ria, dizendo:

- Você não morrerá nunca! Você não conhecerá o céu ou o inferno, nem repousará enquanto existir um vivente sobre a terra!

Romãozinho riu ante a maldição e foi embora. Desde então, o menino nunca cresceu, anda pelas estradas e faz travessuras: quebra as telhas dos telhados a pedradas, assusta os homens e tortura as galinhas.

Este mito é algo semelhante ao do judeu-errante, que também nunca morreu por causa de uma maldição. Muitos acreditam que o Romaozinho atua hoje, em crianças vândalas e menores infratores, que, influenciados pelo moleque fazem as piores crueldades por aí.