" A Criança Da Estrada "
Esta história que vou lhes contar me foi relatada quando eu era criança por meu finado pai, que por sua vez ouviu de um forasteiro que se hospedara na sua casa quando criança na cidade de Santiago no RS. O forasteiro jura que era verdade a história que, aliás, vivenciou. Ele estava voltando de uma viagem de negócios na fronteira com a Argentina, era caixeiro viajante e vendia produtos em tudo quanto era localidade. Apesar de ser noite ele tinha pressa de concluir seu trajeto e continuou cavalgando junto com sua mula de carga.
Era noite de lua cheia, em plena sexta-feira dia 13, quando, perto da meia-noite, chegou próximo a uma encruzilhada e viu uma pobre criança chorando na estrada. Solícito, foi até ela e perguntou o que havia acontecido. A criança, um menino de uns sete anos, em lágrimas, havia dito que se perdera da família. Bondoso pegou-a e a levou na garupa, prometendo que a levaria até os pais a criança vibrou. Durante o trajeto o garoto havia lhe dito "Meus olhos são vermelhos titio!" Ele virou - se e notou que os olhos do garoto eram realmente vermelhos. Mais tarde, o garoto lhe falou "Eu tenho barba titio!" Ele virou-se e o garoto tinha uma barba enorme. Pouco depois o garoto lhe dissera "Eu tenho dentes titio!" E assim que virou, notou que o garoto possuía presas enormes e afiadas.
Espantou-se!!! O garoto era um lobisomem e apavorado correu a galope derrubando o pequeno lobisomem na estrada e fugiu o mais depressa possível dali. Só parou de trotar quando começou a amanhecer e ao ver uma pousada decidiu descansar ali. Mais tarde, na taverna, ao tomar cana com os demais hóspedes, contou-lhes o ocorrido e soube que não era o primeiro a ter visto o misterioso menino lobisomem que sempre aparecia nas encruzilhadas daquela região fronteiriça durante a sexta - feira dia 13, nas noites de lua cheia um pouco antes da meia - noite. E sempre pedia ajuda a viajantes e forasteiros que passavam por ali. Mas também soubera que outros que encontraram a tal criança lobisomem não tiveram a mesma sorte, pois desapareceram e nunca mais foram vistos.
* Lenda enviada por: Rafaela
25/2/2009 17:15:07