9 de jun. de 2010

A Ordem dos Assassinos


Origem do termo 'Assassino'

Os Assassinos antes de qualquer missão faziam o uso de haxixe (haxixe = a uma droga alucinógea), é dái que é derivado o nome da ordem: Hashshashin que passou a ser Hashashin que logo depois virou Hassassin e se transformou na palavra usada até hoje: Assassino

A Ordem dos Assassinos

Durante 150 anos, entre os finais do século XI e a metade do XIII, uma terrível seita ismaelita, minúscula no universo do Islã, trouxe temor e, por vezes, pânico à região do Oriente Médio. Tratava-se da Ordem dos Assassinos, assim chamada porque os seus integrantes, antes de praticar os atentados, inalavam um estupefaciente, o Hashishiyun, ou haxixe. Os seguidores da ordem caracterizavam-se pela entregada total à missão que lhes era atribuída por seus superiores e por não demonstrarem medo nenhum perante a morte que fatalmente os aguardava após terem praticado suas ações terroristas.


Quem foi Hassan Sabbah



Hassan Sabbah.

Hassan Sabbah era filho de uma poderosa família iraniana de Qom, centro de propagação, desde o século IX, do Ismaelismo, ramo dissidente dos xiitas que, ultrapassando o Corão, acrescentou aos seis profetas do Verbo (Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé) um sétimo enviado,chamado Ismael. Hassan esrudou na capital do Egito, Cairo. Ali viveu a partir de 1079, onde aperfeiçoou seu conhecimento do Corão, do Antigo e Novo Testamento e dos textos vedas hindus. Ele tentou fazer uma síntese de todas essas religiões, misturando ainda o Zoroastrismo. Nesta síntese, acrescentou ainda um pouco de neoplatonismo. Durante sua permanência no cairo, Hassan se relacionou com Nizar, filho do califa da dinastia fatímida, al-Mustansir.

Esse Nizar foi afastado da sucessão ao trono pelo primeiro-ministro, o vizir al-Afdal. Talvez isso explicasse o ódio nutrido por Hassan à dinastia fatímida que reinava naquela região conhecida pelos ocidentais pelo nome de Pérsia. Foi em torno de Nizar - depois assassinado – que Hassan Sabbah reuniu seus primeiros fiéis, os nizarins.


O Método de Hassan Sabbah

Exemplo de como as lutas entre Hassassinos e guardas ocorriam: Em plena rua


Para assegurar a fidelidade de seus seguidores, Sabbah levava-os, sob o efeito de haxixe, para um maravilhoso jardim perfumado onde fontes derramavam água fresca e jovens mulheres lhes faziam ardentes carícias. Durante esse estado de torpor, era fácil conseguir dos adeptos um juramento de obediência absoluta. Quando despertavam, os adeptos eram convencidos de que o paraíso que conheceram brevemente na terra era o mesmo que os aguardava após a morte. Para isso, era preciso que suas mortes servissem aos interesses do soberano, eliminando seus inimigos. Assim, seus seguidores passavam por um rígido treinamento físico para aprender, entre outras coisas, o uso do punhal com que eliminavam os inimigos de seu senhor. Além disso, eram submetidos a doutrinação religiosa.

Em seu método, os futuros assassinos aprendiam a língua do país para o qual eram enviados, o modo de vestir de seus habitantes, seus usos e seus costumes. De fato, antes de praticar os atentados, os agentes do senhor de Alamut realizavam um longo trabalho de infiltração. Ganhavam a confiança da futura vítima e a matavam, quando ela acreditava estar segura no seio de seu castelo. Ninguém estava a salvo de sua vingança: a vítima, fosse quem fosse, seria atingida no coração de sua própria cidade ou no centro de seu palácio. Os príncipes temiam ver algum de seus favorecidos se precipitar em sua direção com um punhal na mão.

O método dos Hassassin's


Armas usadas pelo Hassassinos, nesse caso, pequenos punhais. Esse punhais de forma especial eram a 'marca registrada' dos Hassassins

Apesar de andarem uniformizados na fortaleza de Alamut - trajes brancos com um cordão vermelho enlaçando-lhes a cintura (cores que os cavaleiros templários irão adotar) -, os fadavis, os devotos, quando recebiam uma missão, camuflavam-se. Preferiam misturar-se aos mendigos das cidades da Síria, da Mesopotâmia, do Egito e da Palestina para não despertarem a atenção. Em meio à multidão urbana, eles eram "adormecidos", levando uma vida comum, sem atrair suspeitas, até que um emissário lhes trazia a ordem para "despertar" e atacar. Geralmente, eles aproximavam-se da sua vítima em número de três.

Se por acaso dois punhais fracassem, haveria ainda um terceiro a completar o serviço. Atuavam, esses "anjos da destruição" do Velho da Montanha, como muitos chamavam Hassan Sabbah, em qualquer lugar - nos mercados, nas ruas estreitas, dentro dos palácios e até mesmo no silêncio das mesquitas, lugar por eles escolhido em razão das vítimas estarem ali entregues à oração e com a guarda relaxada. Até o grande sultão Saladino, seu inimigo de morte, eles chegaram a assustar, deixando um punhal com um bilhete ameaçador em cima da sua alcova.

Cavaleiros e poetas

Os templários não só adotaram uma série de preceitos e regulamentos tomados emprestados da Ordem dos Assassinos, como também fizeram suas as cores deles: o branco e o vermelho. Tão próximas foram estas relações que até Luís IX, rei da França, erta vez enviou uma missão diplomática a visitar o castelo de Jebel Nosairi, ocupado por um chefe local da Ordem dos Assassinos. Frederico II, o Barbarossa, o imperador alemão que participou das cruzadas, convidou vários ismaelitas para que o acompanhassem de volta à Europa, dando-lhe copa franca na sua corte. A atração por sociedades secretas seduziu também aos poetas italianos do Dolce stil nuovo, como Guido Cavalcanti e Dante Alighieri, que, inspirando-se numa livro da mística xiita intitulado

Jardim dos Fiéis do Amor criaram a sua própria irmandade secreta, a dos Fedeli d´Amore. Portanto, o gosto de muitos europeus por congregarem-se ao redor de lojas esotéricas, com rígidos rituais de iniciação e um ar secretíssimo, hábito tomado na época das cruzadas, provavelmente lhes foi instilado pelos feitos da Ordem dos Assassinos.


O fim da ordem


O forte em Masyaf.

Protegidos por uma fortaleza tida como inexpugnável, que nenhuma força local poderia tomar de assalto, foi preciso esperar a invasão dos mongóis, no século XIII, para que finalmente o ninho da águia fosse destruído pelos poderosos invasores no ano de 1260, pondo fim à ameaça que a seita dos assassinos representava em todo o Oriente Médio. A legenda que deixaram foi difundida no Ocidente pelos cavaleiros cristãos e pelos monges escribas que os acompanharam, impressionados com as história terríveis a que os devotos estavam associados, símbolos vivos do que era possível fazer com um ser humano, tornado simples objeto maligno a serviço do fanatismo.

Ainda há rumores de Assassinos modernos, existem varias lendas de que eles ainda andam por ai pelo novo mundo, Vaticano Ásia etc. Ainda existem descendentes diretos deles, o jogo Assassin's Creed iria ser lançado com um livro que contava todos os ritos religiosos desse grupo, mas pessoas desse grupo e varios descendentes diretos pediram para tirar todas as referencias religiosas por respeito aos seus antepassados.

OBS:

A seita dos assassinos era uma seita minúscula, no entanto bastante temida na região do Oriente Médio. Nesta época, seus integrantes, membros fanáticos, que não tinham medo da morte, fanatismo este, acredito, originado mais do vício do Haxixe, do que alguma ideologia que possa existir. Seu principal líder, chamava-se Hassan Sabbah (1034-1124), um fanático religioso, que por vezes atuava na frente de seus seguidores em ações terroristas. Hassan tinha um lema, que espelhava muito bem o princípio em que eles viviam:

Nada é verdade, tudo é permitido”.


Chamada oficialmente de “Ordem dos Nizarins”, esta ordem tinha sede na fortaleza de Alamut, no norte do Irã. Obediente aos extremos rigores do militarismo, havia sido fundada no ano de 1090, quando Hassan Sabbah retornara do Egito para a Pérsia onde ele nasceu.