Na heráldica norueguesa, o lindorm é representado como uma serpente marinha (sjøormer). Na heráldica inglesa e alemã, o lindworm ou Lindwurm é um dragão sem asas, com duas patas, figura que deriva de antigas representações vikings de uma longa serpente gigante com chifres e, às vezes, dois braços, que freqüentemente morde a própria cauda - provavelmente uma representação da mítica Jörmungandr - que lembra o Uróboro dos gregos e romanos.
No interior da Suécia do século XIX, ainda sobrevivia a crença no lindorm. O folclorista sueco Gunnar Olof Hyltén-Cavallius encontrou várias pessoas em Småland que disseram tê-lo encontrado na forma de uma serpente gigante, de três a seis metros de comprimmento, às vezes com uma longa crina. Reuniu cerca de 50 testemunhos e em 1884 ofereceu uma grande recompensa por quem apresentasse um espécime, vivo ou morto.
Ninguém jamais se apresentou para reivindicar a recompensa, mas a especulação sobre o lindorm continua viva em livros e sites sobre criptozoologia, bem como sobre o Tatzelwurm, suposto animal com características semelhantes que habitaria os Alpes suíços e austríacos.
Há um mito nórdico sobre um rei chamado Herraud ou Herrauðr que dá à filha Thora Borgarhjort, de presente, um filhote de lindworm, que cabe dentro de uma caixinha de jóias. Entretanto, a criatura cresce tanto que acaba aprisionando a princesa dentro de seu salão, que a serpente circunda mordendo a própria cauda. Tomando a princesa como refém, o lindworm exige um boi por dia.
O rei prometeu a mão da princesa àquele que a libertar e o prêmio veio a ser conquistado por um herói chamado Ragnar Lodbrok (Ragnar das calças peludas, pois eram feitas de pele), que depois veio a ser marido de Thora e tornou-se rei da Dinamarca.
Quando o segundo gêmeo quis se casar, o lindorm insistiu que era preciso encontrar uma noiva para ele antes que seu irmão mais novo pudesse se casar. Como nenhuma das jovens escolhidas pelo rei correspondia a seu amor, ele devorou todas as noivas que lhe trouxeram, até lhe trazerem a filha de um pastor que havia falado com a bruxa. Ela chegou vestindo todas as roupas que possuía. O lindorm lhe disse para que as tirasse, mas ela insistiu que ele também tirasse uma pele para cada vestido que ela despisse. Por fim, ele tirou a última pele e, debaixo dela, havia um belo príncipe.
Há também uma lenda sobre um Lindwurm que provocava enchentes perto da cidade de Klagenfurt, na Alemanha. O Duque ofereceu uma recompensa a quem o abatesse. Alguns jovens prenderam um touro a uma corrente, e quando o Lindwurm engoliu o touro, foi fisgado como um peixe e morto. Em 1335, um crânio pré-histórico de rinoceronte peludo, encontrado em uma caverna da região, foi tomado como o crânio do Lindwurm.
O dragão Fafnir, da Canção dos Nibelungos, também é descrito como um Lindwurm.